Vacina HPV no calendário infantil
Em agosto deste ano, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão da vacina HPV no calendário infantil, para meninos de 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos, oferecida desde 2014, disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) e postos de saúde.
Segundo a enfermeira obstetra Eliza Paula a inclusão de crianças na vacinação é pertinente ao desenvolvimento precoce dos jovens no ato sexual.
Portadores do vírus HIV entre 9 a 26 anos também tem o direito a vacinação. Para isso são necessárias duas doses da vacina, com o intervalo de seis meses entre elas.
Anteriormente a vacinação ocorria em 2 doses com intervalo de 6 meses apenas para meninas de 9 a 13 anos e 3 doses com intervalo de dois e seis meses apenas para mulheres com HIV entre 9 e 26 anos.
Agora meninos também estão incluídos na vacinação. Sendo assim ela acontece em 2 doses com intervalo de 6 meses para meninos de 12 a 13 anos e 3 doses com intervalo de dois e seis meses para homens com HIV entre 9 e 26 anos.
Dados
No Brasil, estima-se cerca de 10 milhões de pessoas sejam portadoras do vírus, maior parte mulheres com menos de 25 anos.Pesquisa feita pela coordenação do Instituto do HPV, são registrados 700 mil novos casos por ano.
A meta do governo é atingir cerca de 80% da população, entre eles crianças e adolescentes.A vacinação pública está abaixo do esperado. Em 2015, segundo o Ministério da saúde, apenas 44,3% das meninas de 9 a 11 anos tomaram a segunda dose.
Sintomas
Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo de forma espontânea. O diagnóstico pode ser feito a partir de exame de sangue ou Papanicolau.
Podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando uma série de doenças como o câncer de colo de útero, 2° câncer que mais mata mulheres no Brasil, o câncer de próstata, câncer que mais mata homens no Brasil, além das verrugas genitaisA doença é transmitida a partir da relação sexual ou de mãe para filho durante o parto normal.
Eliza lembra que a vacina da HPV é uma prevenção e não tratamento. “Os melhores métodos de prevenção são a vacinação e o uso de camisinha”, explica.
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