Não é só um batom, é a história da sociedade

 




Feliz Dia Nacional do Batom! Essa festa, para nós, amantes da beleza, com certeza é uma das nossas favoritas e não tem como não celebrar. Os batons podem ser tantas coisas e, talvez, seja isso o que torna um produto tão divertido. Eles podem ser hidratantes, cremosos, matte, alta-fixação, e a lista continua. Como já dizia Pat Mcgrath, a maquiadora mais famosa do mundo, “existem inúmeras maneiras de realçar a beleza. Você nunca sabe quando encontrará o batom perfeito, a menos que continue experimentando”. Essa prática de pintar os lábios existe há milhares de anos, mais ou menos 5.000 mil anos. Homens e mulheres sumérios foram os primeiros a inventar o batom, fazendo-o de pedras preciosas amassadas e chumbo branco e pintando seus lábios e olhos com a mistura

A celebração anual homenageia um dos itens de maquiagem mais antigos do mundo, tanto que, nos anos 30, a Vogue declarou que o batom era "o cosmético mais importante para as mulheres", comenta Gabriela Hernandez, autora de Classic Beauty: The History of Makeup em entrevista para Bustle.

De acordo com a CNN Americana, há mais de uma década, nesse dia é comemorado o dia do batom, no entanto, ninguém sabe de onde surgiu. “O que nós sabemos é que todas as crises que a sociedade passou, tem o tal do efeito batom”, explica a cosmetóloga e educadora de maquiagem, Josi Helena de Curitiba. Esse nome “Lipstick Effect” é uma teoria utilizada por economistas para explicar por que diante de uma crise econômica, os consumidores estarão mais dispostos a comprar algo para levantar o humor e a disposição.

Por exemplo, no movimento sufragista, ocorreu a primeira e mais famosa demonstração pública: as mulheres brancas se espalharam pelas ruas de Nova Iorque usando o batom vermelho em protesto ao voto e à liberdade para serem livres com a aparência e como queriam ser. Séculos depois, o batom marcante tornou-se um símbolo radical do feminismo e da rebelião.

Outra curiosidade bem bacana foi durante a Segunda Guerra Mundial, quando as mulheres assumiram o lugar dos homens nas fábricas operárias: "as mulheres usavam para ir às fábricas porque era a única coisa que lhes restava como forma de fazer valer sua feminilidade, já que suas roupas eram muito masculinas e não podiam fazer muito com seus cabelos, pois tinham que ser presos para que não caísse na máquina", conta a historiadora Gabriela.

As divas do pop, como Marilyn Monroe, Lauren Bacall, Madonna, Julia Roberts Linda Carter e Donna Summer deixaram como marca registrada o batom vermelho ao longo da década. Hoje, a cor entra e sai do radar, com tonalidades diferentes, acabamentos e texturas, que expressam o nosso humor e eleva nossa autoestima, principalmente agora na pandemia.

Agora, a dúvida que fica e retorno pra você: será que o batom vai voltar ao que era antes? A cosmetóloga Josi tem a sua opinião: “eu acho que esse efeito batom vai vir depois que todo mundo estiver imunizado e conseguir usar menos máscara, porque acredito que nunca vamos conseguir tirá-la por completo. Depois que isso melhorar, nós vamos, com certeza, usar muito batom. As pessoas sentem falta disso”.


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